A fabricante de drones DJI será uma das oito empresas de origem chinesa adicionada a uma “lista proibida” pelo governo dos Estados Unidos.
Isso significa não apenas que a empresa será monitorada de perto pela administração do presidente Joe Biden, mas também que investidores norte-americanos não podem mais injetar dinheiro na companhia.
Segundo o Financial Times, o motivo é o suposto envolvimento da DJI em fornecimento de equipamentos de vigilância contra os povos uigures, uma etnia de origem muçulmana que sofre repressão do governo chinês há anos.
Cada vez maior
A lista de empresas proibidas do governo dos EUA já é bastante longa e começou a partir de 2019, quando brigas comerciais e políticas foram iniciadas contra marcas como a Huawei. Ela e outras marcas da China foram acusadas de espionagem industrial e governamental, utilizando equipamentos de telecomunicação e influência para coletar dados sigilosos e repassar ao Partido Comunista Chinês.
Em 2021, o governo Biden ampliou as listas restritivas com ainda mais empresas de tecnologia — e quase adicionou até mesmo a Xiaomi, que foi posteriormente retirada após a companhia reclamar publicamente e iniciar um processo.
As outras marcas que farão parte da nova lista incluem ainda a CloudWalk Technology (reconhecimento facial), a Xiamen Meiya Pico (cibersegurança) e a Yitu Technology (inteligência artificial), entre outras.