O aeroporto é de uso civil, e um ataque poderia implicar grandes perdas. Também há lá uma base de soldados da coalizão, que não têm função de combate.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que combate extremistas islâmicos no Iraque abateu dois drones armados que tinham como alvo o aeroporto de Bagdá, segundo um militar que pediu para não ser identificado. Não houve nenhum dano.
O aeroporto é de uso civil, e um ataque poderia implicar grandes perdas. Também há lá uma base de soldados da coalizão, que não têm função de combate.
O drone foi interceptado por volta de 4h30 por baterias de defesa C-RAM.
Há imagens com os restos de um dos projéteis. Um pedaço de metal preto traz a inscrição “Operações de vingança dos comandantes”.
O ataque, cuja autoria ainda não foi reivindicada, coincidiu com o segundo aniversário da morte do general iraniano Qassem Soleimani e de seu lugar-tenente (uma espécie de vice-general). Ambos foram mortos por um drone americano na estrada que leva ao Aeroporto Internacional de Bagdá.
Fantástico exibe imagens raras e entrevistas reveladoras sobre Qasem Soleimani
Segundo os militares dos EUA, os iraquianos abriram uma investigação.
Tropas americanas
Nos últimos meses, dezenas de foguetes e drones armados tiveram tropas e interesses dos Estados Unidos no Iraque como alvo. Washington atribui tais ataques, que nunca são reivindicados, às facções iraquianas pró-Irã.
Nas últimas semanas, porém, o número de tais incidentes diminuiu.
As facções pró-Irã exigem a retirada total das tropas americanas posicionadas no Iraque dentro da estrutura da coalizão internacional antijihadista.
No sábado (1º), os líderes da Hashd al-Shaabi voltaram a exigir essa retirada junto a milhares de manifestantes reunidos no centro de Bagdá, no segundo aniversário do assassinato de Soleimani.
Por ordem do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um drone atacou, em 3 de janeiro de 2020, o veículo em que viajava Qassem Soleimani, o arquiteto da estratégia iraniana no Oriente Médio. Ao seu lado, estava Abu Mehdi al-Muhandis, nº 2 da Hashd al-Shaabi, uma coalizão de facções armadas pró-Irã que agora faz parte do Exército iraquiano.
Em 9 de dezembro, o IraqueI anunciou o “fim da missão de combate” da coalizão, que conta com cerca de 2.500 militares americanos e mil soldados dos demais países-membros da aliança, espalhados por três bases controladas pelas forças iraquianas.
Há mais de um ano, essas tropas estrangeiras realizam treinamento e trabalho de assessoria, ajudando as forças iraquianas a combaterem o grupo terrorista Estado Islâmico .