Benjamin Briere, de 35 anos, está detido há mais de dez meses em um presídio de Mashhad, cidade próxima à fronteira com o Turcomenistão.

Por G1 

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VÍDEO: Turista francês preso no Irã por tirar fotos com drone é acusado de espionagem https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Um turista francês, preso em maio do ano passado passado no Irã por tirar fotos com um drone, foi acusado por espionagem, informou seu advogado nesta segunda-feira (15). 

Benjamin Briere, de 35 anos, foi preso enquanto voava com o equipamento em uma área de deserto na fronteira do país com o Turcomenistão. 

Briere viajou da França para o Irã em uma van — Foto: Reprodução 

O governo da França informou, ainda no final de fevereiro, que mantém contato com o turista preso em Mashhad – nordeste do Irã – por meio da embaixada em Teerã. 

A acusação de propaganda contra o sistema iraniano veio depois que Briere publicou, em uma rede social, que o hijab – lenço tradicional – é obrigatório no Irã, mas não em outros países muçulmanos. https://datawrapper.dwcdn.net/LJ4H2/1/

O francês trabalhava com eventos e viajou da França até o Irã a bordo de uma van registrando o caminho com fotografias. 

A irmã de Briere, Blandine, disse em entrevista à Reuters que a prisão do irmão é “completamente grotesca”. 

Turista francês usava equipamento para fotografar sua viagem a bordo de uma van — Foto: Reprodução 

Segundo seu advogado, ele enfrenta “acusações contraditórias e falaciosas” e “sem o devido acesso à defesa”. O judiciário iraniano não comentou o caso. 

Francês, preso há mais de 10 meses no Irã, é acusado de espionagem e propaganda contra o sistema — Foto: Reprodução 

A prisão de Briere é um novo ponto de tensão entre Paris e Teerã. A França faz parte de um grupo de países, ao lado dos EUA, Reino Unido, Rússia e Alemanha, que tenta renegociar o acordo nuclear com o Irã, abandonado pelo presidente Donald Trump em 2018. 

O Irã começou a descumprir o acordo em 2019, em uma clara resposta à saída dos americanos. Observadores internacionais alertam que o país do Oriente Médio vem acelerando as violações do acordo nos últimos meses.

FONTE: G1